Nissan tem comercial suspenso pelo Conar

30/09/2010

Segundo Jaques Lewkowicz, da Lew,Lara TBWA, agência já tem dois "planos B" para a propaganda da montadora.





Além de citar Honda e Fiat, Nissan insinua o fracasso do desempenho do Meriva da GM em premiações.

São Paulo - O comercial "Alvos", que promove o modelo Livina 2011 da Nissan, teve veiculação suspensa nesta tarde pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).
A proibição da propaganda é em caráter liminar, até que seja feito o julgamento do processo movido pela GM contra a montadora japonesa.

No filme, a Nissan cita as concorrentes General Motors, Fiat e Honda de forma comparativa para demonstrar os prêmios recebidos pelos veículos da família Livina, assim como seus principais atributos. O vídeo começou a ser exibido na última sexta-feira (24) tanto nas redes sociais quanto na TV.

De acordo com o Conar, não há um prazo determinado para que o processo seja julgado, mas a liminar que proíbe a veiculação do comercial em mídias comerciais foi aceita pelo relator do caso e já está valendo.

Para Jaques Lewkowicz, sócio e diretor de criação da Lew,Lara TBWA, agência que criou o comercial para a Nissan, o vídeo que acaba de ser suspenso não denigre as concorrentes. "O comercial apenas compara de forma bem-humorada os atributos e os prêmios da Nissan aos dos concorrentes. É a exacerbação da realidade em tom de humor, mas vamos acatar qualquer decisão do Conar", diz Lewkowicz.

Segundo o diretor de criação, a campanha segue a linha criativa da Nissan, que já utiliza a comparação com concorrentes para apresentar características de seus produtos. Lewkowicz explica que, apesar de não ser uma prática tão aceita culturalmente no Brasil, há muitos exemplos de marcas que compararam seus produtos a concorrentes, e cita exemplos: "A gente já viu isso em outros segmentos. Coca-Cola x Pepsi, por exemplo, faz parte da história da propaganda. Também já aconteceu no segmento das cervejas e mesmo no setor automotivo."

A Lew,Lara TBWA tem dois "planos B" para ocupar o espaço do comercial suspenso, de acordo com Lewkowicz. O primeiro seria alterar o comercial original, retirando apenas as referências às marcas concorrentes e caracterizando-as apenas por suas nacionalidades, por exemplo. Outra possibilidade seria veicular um filme diferente, que inclusive já está produzido e pronto para ser veiculado.



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